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NOTÍCIA
 
Alerta e conscientização para prevenção do suicídio marcam bate-papo na OAB-ES
Postado em: 27/09/2018

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Espírito Santo realizou, através das Comissões de Direitos Humanos e de Direito de Família, um bate-papo com o tema “Em busca do amor próprio em prevenção ao suicídio da alma! ”, que aconteceu ontem (25), no auditório da OAB-TV, na ESA. Deste bate-papo participaram: a advogada, mestre em Direitos e Garantias fundamentais e presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-ES, Flávia Santos Murad, a psicanalista, bacharel em Direito, Coach pela Febracis Practitioner em PNL, Suelen Cristina Mendes Alencar e a advogada familiarista e vice-presidente da Comissão Especial de Direito de Família da OAB/ES, Erika Moulin Salazar e mais advogados e servidores para debater o tema.

Na abertura do evento, Flávia Murad, da Comissão de Direitos Humanos, abriu o bate-papo abordando a questão pelo viés jurídico, a advogada Flávia Murad disse que suicídio não é crime. Disse ser um “ato complexo não sendo resultado de um evento ou fato único e sim das razões que são multifatoriais, envolvendo fatores de ordem social, biológica e psicológica. “Para cada pessoa pode haver predomínio de um deste fatores, especificamente. E o objeto jurídico protegido por este tipo penal é a vida humana, bem indisponível. A legislação penal brasileira não pune ao suicida, mas sim àquele que induz, instiga ou auxilia ao suicida”, disse ela.

A advogada também falou sobre uma ação estratégica para evitar o suicídio alegando que “é necessário enfatizar o suicídio como uma questão de saúde pública efetivando políticas públicas com saúde, educação, lazer, habitação e assistência social como também uma rede invisível de solidariedade onde ela destacou a contratação de profissionais de saúde mental. ” E finalizou lembrando que “a área de saúde é obrigada a notificar toda tentativa de suicídio. ”

Dentro dessa linha de apoio, com cunho social e pelo bem da vida, as comissões de Direitos Humanos e de Direito de Família da OAB/ES, realizaram juntas esse bate papo, visando somar todas essas vertentes. Por isso, a advogada Érika Moulin, vice-presidente da Comissão Especial de Direito de Família da OAB/ES, esclarece que a construção do tema se deu em benefício do exercício da empatia, e, com o fulcro de oportunizar o falar, o ouvir e informar. Trazendo para o âmbito das famílias e da prática familiarista, ressaltou a advogada, que o fim dos relacionamentos tem gerado a doença “depressão” resultante da insuportabilidade de “viver só” ou de não se sentirem “amadas”. Alertou, portanto, a importância do advogado, enquanto profissional, nesse acolhimento, e, ainda, sobre a função social enquanto “ser humano” e sociedade que somos, ressaltando sim que precisamos de políticas públicas eficazes, mas, que enquanto não existem que podemos e devemos fazer a nossa parte.

A psicanalista, bacharel em Direito, Coach pela Febracis Practitioner em PNL, Suelen Cristina Mendes Alencar apontou a necessidade de falar sobre sintomas e riscos. “Não podemos confundir a divulgação de casos, que poderiam levar a uma imitação, com a falta de informação. Os fatores de risco e as formas de proteção devem ser comunicados”, explicou. A especialista salientou que “precisamos falar sobre suicídio, desmistificar isso. É preciso entender que se trata de uma graduação de sofrimento. A percepção de que o suicídio é o pico de uma dor emocional à qual todos podem estar sujeitos aumenta a empatia e a possibilidade de ajuda”, ponderou Suellen.

Suellen tratou também de eliminar alguns mitos como “quem quer se matar, se mata– uma ideia socialmente aceita de que, quem está querendo se matar, se mata logo e não fica chamando a atenção tentando se jogar da ponte, por exemplo”. Para ela, “esta pessoa está sim chamando a atenção porque precisa de carinho, e de que olhem para ela. ” Suellen explicou que o suicídio não mais que um grito de socorro, uma tentativa da pessoa de acabar com aquela dor que a pessoa está sentindo. O suicida perde seu instinto de autopreservação o objetivo dele é estancar a dor que é enorme, ou seja, o sintoma de uma doença, de algo grave e de uma dor mental que exige tratamento com compreensão, remédios, terapia e envolvimento da sociedade como um todo”.
 
 

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