A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Espírito Santo (OAB-ES) está se antecipando ao PJe e antes do Processo Eletrônico chegar a todas as comarcas, a Seccional já começa as Brigadas PJe, oferecendo à advocacia o treinamento necessário para lidar com o novo modelo virtual de trabalho. Nesta segunda-feira (03), as Brigadas foram lançadas na cidade de São José do Calçado, pertencente à 6ª Subseção de Guaçuí, com a presença do presidente da OAB-ES, Homero Junger Mafra.

O presidente afirmou que quando o PJe chegar à Comarca, a advocacia estará pronta para utilizar o Processo. “Eu lembro que quando nós assumimos a presidência, a OAB-ES era a Grande Vitória, e nós começamos a pensar o projeto sério de interiorização, que vai se consolidando dia a dia. Esse é mais um passo neste sentido. A proposta é varrer este Estado, passar em todas as Comarcas, de ponta a ponta. Nós vamos estar em Apiacá, Dores do Rio Preto, depois vamos seguir para o Norte e demais regiões onde tiver advogado”, enfatizou.
Presidente da Subseção de Guaçuí, Luiz Bernard Sardenberg Moulin considerou uma honra lançar as Brigadas em Calçado. “Os advogados estão muito satisfeitos por conseguirem configurar os computadores, pegar dicas e informações. Estamos muito felizes. Esse trabalho antecipado das Brigadas para fazer um atendimento preparatório da advocacia é muito forte”.

A abertura das Brigadas contou também com a presença do presidente da Subseção da OAB-RJ de Bom Jesus do Itabapoana, que faz divisa com o Espírito Santo, Gilberto Matos. Muitos advogados do Estado do Rio militam no Espírito Santo e profissionais capixabas atuam na cidade vizinha também. “O Processo Eletrônico veio trazer avanço para a advocacia, mas acaba gerando muitas dúvidas e ainda precisa de ajustes. A iniciativa da OAB-ES é muito válida, a Ordem está de parabéns porque realmente temos que estar perto do advogado e trazer o acesso à tecnologia e à informação”, afirmou Gilberto Matos.

Segundo uma das advogadas da Comissão de Tecnologia e Informação da OAB-ES que faz parte das Brigadas, Tammy Noronha, o trabalho é prático e informativo. “O TJES disponibiliza uma área de treinamento externo, então nós entramos e conseguimos mostrar na prática como é o peticionamento, baixar arquivo, verificar se o peticionamento foi feito e como é o recibo. A gratificação é o sorriso dos colegas quando entendem uma explicação e veem que não é um mistério”, disse. A advogada Ligia Kunzendorff também faz parte da equipe de treinamento.

A advogada Ligia Kunzendorff, que também faz parte da equipe de treinamento, explicou que o objetivo é descomplicar o PJe para os advogados. “Hoje, neste primeiro dia, foi uma experiência incrível, pois recebemos dúvidas e sugestões que vamos levar para Comissão de TI da OAB-ES para tentar atender aos pleitos da advocacia.”

Para o advogado Paulo Sérgio do Carmo Rodrigues, de São José do Calçado, o Projeto da OAB-ES é excelente, pois “estaremos mais próximos da Seccional, conseguindo obter as informações necessárias para nos prepararmos para o novo sistema. As Brigadas são mais do que importante e, além de nos fornecer treinamento, também possibilitam a interação com os colegas.”

A advogada atuante em Guaçuí, Cyntia Gripp, considerou que realmente existem muitas dúvidas por parte dos advogados sobre o PJe e receio de começar a lidar com o Processo virtual. “Precisamos saber mais sobre o funcionamento e instalação dos programas. É uma vantagem muito grande receber as Brigadas aqui, sem precisar nos deslocar para Vitória para aprendermos.”
Durante a tarde foi realizada a parte prática dos trabalhos. Vários advogados levaram seus computadores para os técnicos das Brigadas instalarem os programas necessários para receber o PJe.

José Carlos Bernardes, advogado da cidade, configurou seu computador e aprovou a experiência. “Essa iniciativa é muito importante para os advogados de Calçado para termos um direcionamento para receber o PJe.”

A partir desta segunda as Brigadas começam a percorrer todas as cidades capixabas, iniciando pelo Sul do Estado.

Na prática, dois técnicos estarão aptos a configurar o computador do advogado, verificar se o profissional está utilizando o sistema correto e realizar o trabalho tecnológico necessário.

O apoio jurídico será atribuição do advogado que estará disponível nas Brigadas para explicar sobre peticionamento no que diz respeito ao formato, inserção de documentos no sistema, tipo de documento que deve ser inserido e o que gera indisponibilidade do sistema e muito mais.